Copiei de um e-mail recebido de Gabriela Piana.
O dinheiro e as barras de ouro estavam em cofres e
carteiras de vítimas do tsunami no Japão.
Em casas e empresas destruídas.
Nas ruas, entre escombros e lixo.
Ao todo, o equivalente a R$ 125 milhões.
Dinheiro achado não tem
dono. Certo?
Para centenas ou milhares de japoneses que entregaram
o que encontraram à polícia,
a máxima de sua vida é outra:
'não fico com o que não é meu'!
E em quem eles confiaram?
Na Polícia, que localizou as pessoas em abrigos ou na
casa de parentes e já conseguiu devolver 96%
do dinheiro.
A reportagem foi do correspondente da TV Globo na Ásia,
Roberto Kovalick. A história encantou.
“Você viu o que os japoneses fizeram?”
Natural a surpresa.Num país como o Brasil,
onde a verba destinada às inundações na
serra do Rio de Janeiro vai para o bolso de prefeitos,
secretários e empresários, em vez de ajudar as vítimas
que perderam tudo, esse exemplo de
cidadania parece um conto de fadas.
O que aconteceu em Teresópolis e Nova
Friburgo não foi um mero e imoral desvio de
dinheiro público. Foi covardia.
Político japonês não é santo.
Em que instante a nossa malandragem deixa de
ser folclórica e cultural e passa a ser
crime de desonestidade?
Por que a lei de tirar vantagem em tudo
está incrustada na mente de tantos brasileiros?
A tal ponto que os honestos passam a ser otários
porque o mundo seria dos espertos?
Eles devolveram às vítimas do tsunami R$ 125 milhões.
Precisamos – nós e a Polícia – aprender a agir assim!!
Um dia, todos precisaremos aprender que não se coloca
no bolso, na bolsa, nas meias e nas cuecas
um dinheiro que não nos pertence. É roubo.
"Não me importo com o que os outros pensam sobre o
que eu faço; mas eu me importo muito com o que
eu penso sobre o que eu faço. Isso é caráter...!!!"
RUTH DE AQUINO, colunista de ÉPOCA